Voando sem rumo ao relento
como um papel ao vento
caminho em sentimento
sonhando por um momento
O vento procura no horizonte
um lugar para morrer em paz
enquanto a água deixa a fonte
e num mar profundo se faz
As gaivotas fazem o sol nascer
Os peixes observam a lua no mar
Estrelas brilham no alvorecer
despertando a brisa no ar
O papel continua a voar
carregando essa canção
invadindo o íntimo do lar
conhecido como coração
E quando o sol se poer
vou-me por a sofrer
esperando o amanhecer
para voltar a viver
Vejo o ciclo da vida acontecer
brilhar, voar e fugir como um papel
alcançando o limite do céu
para entre as nuvens se esconder.