Domingo
Dói em mim
Rasgo profundo aberto
Pela lâmina aguda
De ávida solidão
Dilacerantes lágrimas
Meus olhos ferem
E das gotas de sangue
Que regam o vale
Da minha angústia
Sinto o sabor amargo
Da vida que vivo
E que não vivo
Do amor que amo
E que não sinto
Da verdade em que creio
E que não entendo.
José Carlos Porpino