não me deixe com a pele arranhada
pelos carinhos do seu abraço
que eu advinho morno e ninho
não me deixe cair na tentação
de confundir nossas estradas
pra me perder no seu mau caminho
não me deixe ficar afogueada
pelo seu beijo que sei ensopado
e bruto e faminto e demoroso
não me deixe embebedar
com o veneno dos seu sonhos
que a minha alma perturbada invadiu
não me deixe impaciente molhada deixar
que você me tome à força em silêncio
guarde distância dos meus gemidos
não me deixe dar asas à perdição
enquanto eu só tenho uma janela
com vista definitiva pra solidão
não me deixe