estas folhas tão murchas
sombreando o frescor dos lábios
estas folhas tão verdes
apagando o sabor dos beijos
estas folhas tão brilhantes
sonegando o prazer dos olhos
estas folhas tão soltas
fermentando o desejo das línguas
estas folhas tão minhas
desvirginando teu chão
estas folhas tão minhas
negando tuas carícias
estas folhas tão nossas
desencontrando veredas
folhas e falhas
tão nossas
na beira dos corpos
no abismo das almas
na distância do nunca
na descida da dor
tão sim
tão não
falhas e folhas
do tempo