o deliro da canção
parte em revoada
nada nasce do nada
sempre o sonho
em mim
fez morada
regaço de noite
caminho e espaço
poros da mesma
tarde
sozinho
o verso-flor
por nascer
anuncia o paraíso
ali
onde o perto
é sombra vagando céus sem fim
ali
onde o longe
é calor arremessando lágrimas sem fim
paro
o deliro da canção
descansa
leito manso de rio
punhado de sono
consumido
sigo