(para um amigo dividido entre dois amores)
Será que as estrelas saberão soletrar o nome dela?
Será que pintarei o seu rosto em uma tela?
Será que saberei fazer do pranto uma poesia?
Será que ela será a musa do meu dia-a-dia?
Será que saberei cantar a ela os meus versos?
Será que pedirei a Deus, rezarei mil terços?
Será que os sinos baterão na hora certa?
Será que, ao chegar, encontrarei a porta aberta?
Vou seguindo no caminho da incerteza
Levando, porém, comigo todos os momentos
Da dádiva de tê-la encontrado
E, se no entanto, tudo terminar numa tristeza
Voltarei mais maduro aos meus aposentos
E agradecerei de ao menos tê-la amado.