Foi cavalgando a ilusão sonhada,
Montado ao dorso terno da poesia,
Na embriaguez da inspiração cantada
Pelo seu verso envolto em fantasia.
Foi cavalgando a solidão do nada,
Talvez nascida numa noite fria
Ou na amargura de uma dor marcada
Pela manhã de triste sinfonia.
Foi cavalgando ao longo dos caminhos
Pela distância de não mais voltar,
Deixando em versos, flores sem espinhos.
Levando apenas versos como escudo
E ouvindo o céu de anjos a cantar,
Foi cavalgando para o fim de tudo.
Perez Filho
Enviado por: Diógenes Pereira de Araújo