Eu saio à rua de cabeça erguida
desafiando o pranto de desgosto,
que a nuvem chora tão entristecida
e pra deixa-la castigar meu rosto.
Ferido pela chuva comovida,
em sombras meu olhar caminha exposto
a punição talvez bem merecida
e pra deixá-la castigar meu rosto.
A chuva pelos meus cabelos brancos,
acaricia, brinca e se emaranha,
a provocar os meus sorrisos francos.
O pranto dela desafia o meu
para na luta de quem perde ou ganha,
saber quem chora mais, se ela ou eu.
Perez Filho
Enviado por: Diógenes Pereira de Araújo