Como se fosse um rústico brinquedo
Que pela vida muito foi brincando,
Hoje me encontro quase em segredo
Na estante envelhecida do passado.
Eu que cheguei à mágoa muito cedo,
Pensando às alegrias ter chegado,
Sou páginas de um livro sem enredos,
De um livro antigo, marginalizado.
Ferido de abandono escrevo versos
Deixando-os solitários e dispersos,
Onde as lembranças do passado dormem.
Viver em paz eu procurando venho,
E hoje comigo essa certeza eu tenho:
Chorando ou rindo sempre fui um homem.
Perez Filho
Enviado por: Diógenes Pereira de Araújo