O que tenho de bom a ti o devo.
Foste tu que, com rara mansuetude,
me ensinaste o caminho da virtude,
de que a me desviar jamais me atrevo.
Não há poder que meu destino mude
e, filho como sou de teu enlevo,
em tudo quanto faço ou quanto escrevo,
ponho a pureza, que a ninguém ilude.
Só de pensar em ti me glorifico!
De sentimentos torno-me tão rico,
que a ingratidão já não me desencanta.
Feliz de quem como eu, na vida obscura,
teve a mãe que, por ser piedosa e pura,
se transformou, depois de morta, em Santa!
Sebastião Siqueira
Enviado por: Diógenes Pereira de Araújo