Nada se perde, tudo se transforma,
Lavoisier percebeu esta verdade.
Por isso nosso Amor tomou a forma
de uma inquietante e lírica saudade.
Em tudo predomina a mesma norma:
na Química, no Amor; a mocidade
depressa com a velhice se conforma,
sem que abandone a própria identidade.
A evolução conserva a semelhança.
Trago na alma ternuras de crianças
que a maldade do tempo não deforma.
O amor, quando é sincero, calmo e profundo,
sempre será perfeito, pois no mundo,
nada se perde, tudo se transforma.
Sebastião Siqueira
Enviado por: Diógenes Pereira de Araújo