Meu corpo invade via anhanguera
embarcando, os passageiros do transurb
refazem o caminho da polícia colonial
Bandeirantes: o oeste é ouro, verde,
é verve é côco
A praça é cívica o palácio de esmeraldas
e nas favelas coloridas de sol e bandeiras.
Goiás, na vanguarda da produção
Goiás: Faça você mesmo o slogan!
Eu tô a fim é de pegar uma mulher
lance e romance no calçadão da Goiás
Meu ser é geografia dessa terra recortada em
rochas, nuvens, serranias, ventos, azuis.
Meu corpo é a minha consistência
de arroz e piqui pinga e murici.
Eu sou um cara muito simples apesar da grande cidade
da grande cilada armada entre os dentes das feras
Morde Anhanguera!
Eu sou um cara muito simples apesar da minha cabeleira
sem beira nem eira
— A criança corre no mutirama —
A foice faca na força da grana
falando poemas onde quer que Goiânia.
Leonardo Carmo
Do livro: "Trapo", Ed. autor, 1980, GO
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