Quis entender o amor. Que ironia!
Na lida insana já desfeito,
como penetrar na moradia
impenetrável do "amor perfeito"?
Junto a um abismo de incerteza
buscava em vão com sutileza
da vida efêmera o amor-conceito.
E repensei o amor, o que seria?
Oh! Pobre de mim — tão imperfeito —
sonhar com o amor em pleno dia!
Edilson Santana
Do livro: "Fragmentos da vida", ABC Editora, 2000, CE