Morre em mim a esperança e morre tudo em mim.
Os olhos de tragédia, a mente conturbada
vão fazendo antever o princípio do fim,
a existência do Além e o casulo do Nada.
Não era de pensar que terminasse assim
a vida que continha as cores da alvorada,
as estrelas do céu, as palmas do jardim,
as águas de cetim e a lua perolada.
O poder do Destino é forte e prepotente
pondo o vírus do fim no começo da vida
e fazendo valer sua vil impostura...
Principia a secar a molhada semente
e eu começo a pensar numa nova energia
que transforme o meu ser numa nova criatura.
Elisa Barreto