Olhos, olhos de Buñel
na tela dos meus braços.
Tetos, tetos de lã
no meu pescoço.
Punhos, punhos de Deus
cravados nos meus ombros.
Línguas, línguas de Ionesco,
uma canção ao vento.
Dimas Macedo
Do livro: "Liturgia do caos", Editora Códice, 1996,
DF