Vasto amor que antigo se repete
Ilimitado e pleno, sábio interprete
De corações atemporais, puro delírio
Ordenando-se à vida. Por vezes, martírio
Rondando horas e almas errantes
Perdidas na solidão, estrelas cadentes
Buscando sonhos de dias inteiros
Entregues, como flores em canteiros
Luz de lábios se dando em canto
Corpos entrelaçados, gozo, encanto
Amor que aprisiona e liberta
E sabe a mútua entrega ser incerta
Nada, ninguém alcança a plenitude
A menos que o outro coração o escute.