Não chores,
não orvalhes ainda,
não é de manhã.
Não molhes
a pétala lilás.
Não ágües o sonho,
não o desmanches;
finos traços de tinta,
não borres.
Não cores,
não soluces,
não esboces reação nenhuma.
Deixa o vento
- ele é calmo -
rodar à tua volta.
Deixa o sol
te encontrar antimorta.
Deixa-te molhar
apenas de manhã,
depois da lua torta.
Eduardo Loureiro Jr.
«
Voltar