Circula(dores) pela cama
Caçadores de formigas
Coçadores de barriga
Mil voltas sem ida
E na cabeça só intriga.
Rebelião de viroses
Infestaram meu corpo Zumbi
Em pleno feriado nacional.
Sem acesso às máscaras
Espelhos reflexo da minha face real
Fiquei sem escolas e só a América é Imperial.
Castigo dos deuses cariocas
Por ter amado uma paulistana
E ter curtido música baiana
Em dias de pouca inspiração?
Toca, minha alma é oca
Onde ainda ecoam gritos de carnaval.
Surdos nada mudos, repeniques e tamborins
Estandartes, peitos e popozudas no visual
Antes mais cedo do que mais tarde
Minha folia é na rua e é com arte.
Pecado cometido, promessa prometida:
Música baiana nunca mais
Mas as paulistanas são carentes
E meu corpo nu é muito quente.
Com paciência, sim, pago penitência:
Ano que vem não será como o que passou
E como uma ou várias paulistanas
(ou quem sabe até muitas baianas)
Vou sair de “Carmelita”
Contar os pelos do “Suvado do Cristo”
E mesmo sem ser um zé marmita
No “Simpatia é Quase Amor” não resista
Procure saber “Que Merda é Essa?”
Porque “Bloco de Segunda”
Não é “Concentra mas não Sai”
La pra “Banda de Ipanema”
Onde a rola é bamba
Mas no “Bola Preta” é muito mais
No centro da Cidade Nova uma ova
No Terreirão ninguém dá recado
É o Estácio que abre o prefácio
E escreve com cinzas o epitáfio
Da mais fértil fonte de pecado
Onna Alephe Agaia