Demonstrando coragem e disfarçando o medo eminente
Sigo para mais uma jornada imprevisível
Navegando por mares tempestuosos
O vento agitado traz uma chuva torrencial
Entre os maiores desafios a enfrentar...
Tento buscar destemidamente o reencontro com meu ser
Com um barco que segue à deriva da mãe natureza
Consigo sentir o cheiro da maresia tocando minhas narinas
Deslizando por oceanos nunca dantes navegados
Junto ao mar misterioso, denso e volumoso...
Onde ondas tocam levemente minha alma
Enquanto borrifos atingem suavemente minha face
Desgarrado... Almejo encontrar quem eu amo
Querendo observar a linha do horizonte
Mas o oceano revoltado não me permite
Trazendo pavor e névoas sombrias ao meu coração
Prossigo sem bússolas ou estrelas para me orientar
Plenamente perdido e sem saber o rumo certo
Entrego-me e sigo ouvindo apenas meus instintos
Aguardando em certas ocasiões... O discreto retorno da calmaria
Enquanto isto, começo explorar novos continentes!
E completamente desprovido de lunetas
Sempre avisto algumas ilhas em meu caminho
Fico temeroso, angustiado e ansioso!
Será que alguma ilha poderá abrigar meu pobre coração?
Ou será que irá destruí-lo atirando-me contra
os recifes?
Não sei... Navegar é como o amor...
Que sempre faz pairar a dúvida entre a felicidade e o sofrimento
Embora alguns escolham atracar apenas em portos seguros
Onde possam celebrar um encontro com águas plácidas
Eu aconselho fugir deste tipo de monotonia
E viver todas as confusões que o amor pode causar
Para não perder o verdadeiro sentido da vida
Assim sendo....
Arrisco-me sempre realizando investidas duvidosas!
Buscando algo estranhamente desconhecido e inesperado
Navegando mais do que nunca em águas turbulentas
Esperando finalmente um dia... Encontrar meu grande amor