A Celso da Silveira e Zé Limeira
Oh! Doce Cu que me encanta
Na vida tu vens atrás
Mais fede a boca que zanga
Que os peidos que dás
Quevedo já te cantou
As graças e as desgraças
Teu olho pode ser cego
Mas cego quem não usou
Poucos são os sábios
Das glórias não vale o cu
Apesar dos alfarrábios
A vida sabe a chuchu
Duas coisas me fascinam
E são da minha paixão
Um bom cu o ano inteiro
E os livros por diversão
Da boca sai palavrão
A bunda é nacional
E o que a boca goza
O cu sofre com razão
O ânus foi quem pariu
Da vida um pobre coitado
"a dar por um ano inteiro
o cu de graça ao diabo"
E vou partindo em segredo
Pedindo desculpas às musas
Se te cantei cu-amado
Porque quem tem cu tem medo
Me despeço dando um peido
Paras os que em cu
Não tem peito
E segue o cu-balançando
João da Mata Costa