Ciúme doentio é loucura
Ciúme é ódio sem cura
E de ódio, o amor sempre está vazio
Não importa se o corpo está no cio
Amor de verdade é um privilégio
Acabar um amor é impossível
Apenas o pseudo-amor é permissível
acabar; pois viver de apego é sacrilégio
O amor não pede sacrifício
O amor não pede benefício
O amor pede virtude em vez de vício
O amor não pede definição
O amor pede empatia e compaixão
O amor não tem fim nem início.
Helvídio Neto
Do livro: "Renata: Ethos Anthropo Daimon", Academia Brasileira do Jovem Escritor, 2000, RJ