No lago eu ouvi
ondas mansas, sopros dos versos do poeta
contados por ti...
Teus olhos úmidos e belos
como os do cisne de tuas saudades
talvez de ti mesmo, talvez de teus sonhos...
No lago eu estive,
silenciosa talvez de saudades minhas,
do cisne que gostaria de ter sido
ou do poeta, talvez, quem sabe...
Outras ondas batem em mim
porque ser fiel ao amor e à vida
pude ver, sentir e ouvir
e, mesmo não sendo para mim
toda a glória dos versos que contaste,
a ti dedico a mudança que dei à minha alma
ao te saber desde sempre.
Fiel serei sem nada pedir em troca
senão ver-te passar ao longo do caminho da vida,
ouvir-te contar poemas de outrem
dedicados ao vento,
saber-te como és, ouvir-te as orações
e feliz seguir próxima
aos caminhos teus.
Marlene Póvoas
Enviado por: Maju Costa