Os pés premindo
a inexistente relva do asfalto
duro da rua sem vida a não ser a
que lhe dás quando subitamente cruzas
o espaço e somes num átimo deixando
entretanto no ar qualquer coisa de tão
botticelliano quanto num crepúsculo mediterrâneo
uma colhedora de mimosas a que um
homenzinho cedesse a passagem
à espera ( desesperada)
de um sorriso
Carlito Azevedo
Do livro: "Colapsus Linguae", Ed. Sette Letras, 1991,
RJ
Enviado por: Márcia Maia
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