VENTO
A manhã e alguns atletas desde cedo que estão dando voltas
— à Lagoa.
Outros seguem para o Arpoador ( onde o ar é de sal e insônia
e e beleza ri com uma flor de álcool entre os dentes).
O mar desdobra suas ondas sob o violeta dos
olhos da menina no alto da pedra.
Um falsete fica reverberando sem querer morrer.
Dos cabelos desgrenhados do meu filho
se desprega, ao vento, como um
sorriso, como um relâmpago,
um pensamento triste.
Carlito Azevedo
Do livro: "Sob a Noite Física", Ed. Sette
Letras, 1997, RJ
Enviado por: Márcia Maia
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