O meu poema não é arma
pois se fosse
desarmava as armas
e os barões assinalados.
Agora, se meu povo
toma o meu poema como tema
aí, temam despatriados,
pois não vai sobrar
nenhum soldado
desse exército
de despoemados.
Antonio Arcela
Do livro: "Caderno de Poesia", Edições Macunaíma, 1984, PB