o sapo da macumba encravado em mim
não impede o vôo da água
todos os dias devorando o fígado
desse ateu de muitos deuses
meu cáucaso tem saci e buda
meu hércules anda a cavalo
matou o centauro no mar negro
onde desfila o orixá de bailarina
nos cacos-de-vidro de uma noite escura
onde a lua me olha bêbada e perdida.
Jovino Machado