As telhas ao sol estalam
os seus dedos.
Os pombos comem, exalam
assobios
e bicam as telhas velhas.
Por que será que póqué
poqueia pó na telha eia?
Tocs no teto esvalam
à calçada.
Pelas canaletas calam
o silêncio.
A chuva chuá crachá
não tem chá, só oxalá lá!
Não têm respeito mútuo
...povo-pombo...
Não têm respeito público
...pombo-bosta...
Cagam!-nos monumentos
monumentos.
São cagados por (cos) eles
e nos roubam
pipocas doces, telhados...
Só não roubam
cagam!-nos deputados.
Allan de Lana