Há noites de vento
e sem tocha
em que me lanço
à outra margem
— o mar que se repete não se acaba? —
quando o amor é muito grande
inventa passagens subterrâneas.
O que dói mais
é aprender a solidão
tão lentamente
nessas paragens
em noites de vento
e de silêncio.
Entretanto sei
meu destino de morte
nessas águas
— o fogo que me queima não se apaga? —
antes acende as ondas
que me cobrem
quando o amor é muito grande
termina em naufrágio.
Elizabeth Hazin
Enviado por: Márcia Maia