Quando
eu te achei
eras uma casa cor de rosa
perdida, tão perdida em urtigas
que me fez dizer
— Devo salvá-la.
Agora, és uma casa branca
com tufos de jasmins pousando
em gramados longos
toda arredia do passado.
Só, sozinha entre as muralhas.
Adiante, muito adiante
quando outros te olharem
algo abandonada
igual a mim neste vale
será lívida a tua cor?
Déborah Brennand
Do livro: "Claridade", Edições Bagaço,
1996, PE
Enviado por: Márcia Maia