Se tu morres
cubro as faces de panos
tão pesados e negros
que o sol não chega
onde o mundo se acaba.
Se tu morres
nunca mais vejo o mar
nem que as pedras sejam
águas sufocando o areal.
Mas, se és imortal
Amor, amor quem sabe?
Visto uma blusa vermelha
saio a cantar no pátio
e os pássaros que se calem.
— Bela, belíssima tarde.
Déborah Brennand
Enviado por: Márcia Maia