Sorrindo, cantando, alto astral.
Eram eles os meninos de Guarulhos.
Não sentiram tristezas, fizeram eles
“O Mundo do faz de Conta”.
Todos sorriram juntos, se fizeram.
Alegres mostraram que com muito pouco
Se faz a felicidade, e o povo viveu
Ao lado deles, deu-lhes força, cantou...
O hoje, o ontem e o amanhã.
Mas... a nuvem negra apareceu
Ela se esqueceu que eram os meninos cantores
E da felicidade das crianças que se alegravam
Com tão pouco, sem dinheiro e nada de corrupção.
Ela agitou-os com tamanha violência,
Que se foram para sempre.
E agora?
Tristeza, lágrimas, choro, mas nem uma revolta.
Apenas canto, vozes, choro e adeuses.
Meninos de Guarulhos, nós os amamos.
Até um dia.
Marly de Castro Neves