Me faço fragmento e desconheço
o homem que hoje sou e o que eu fui.
Os cacos do espelho me refletem
inteiro em emoções. Eu me inquieto
e junto-os um a um na geometria
tentando qual a fênix renascer
das cinzas de um mundo que criei.
E a cada uma das peças encaixada
em mim, eu reconstruo meu avesso
e volto a ser real para sonhar.
Anderson Santos