Sou mera ilusão de ótica
imagem virtual
formada atrás do espelho
em que te olhas.
Tu não me vês nunca.
Às vezes me adivinhas
pressentes
no teu quarto
no teu corpo
etérea.
E eu rio da
tua cara de bobo
olhando as tuas mãos vazias
que eu afago
e a tua boca
que eu beijo
todo dia
sem que me vejas
Márcia Maia
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