Sensação imparcial
Do fato que se destoa
Timidamente mal
Quase respirar de garoa
Infinito despejo final
Do vento que nos
Integralmente amaldiçoa
Espátula estúpida
No meu indescritível soar
Suar mistério e sangue
Dor suportada por
Não atentar a súbita
Resposta da alma
Sem depender da vida
Filosoficamente salva
Reitero minha ordem
Clara, cravada no ar
Gotejando em meus poros
O fervor lânguido
De não querer o que se é
Respirando o tempo
Indeterminado ruído
De pasmos sagrados
De intenção suposta
Consagrar-se nula -
Meu ímpeto único
Vingança-mel do meu
Real distúrbio
Sem distorções sidas
Hipocritamente em chamas
E simplesmente salgada
Em lamas vivíveis.
Karen Mirela