Do Espinho àRosa

A boca lançava muitas razões...
Mas a doce moça lhe indagou:
— Será assim mesmo como falou?
Vejo-o cobrindo as reais emoções!

Eis que a cortina vento descerrou...
E os sonhos foram sem dó... sem rastro...
Sem saber qual o próximo passo
O riacho tanto chorou que secou!

Toque sua triste canção, cigano,
O violino é sua voz sem engano
Que com pétala rasga diamante...

Sangre com violência no espinho
E veja o broto abrir seu caminho
Beije a rosa... viva... ame... cante!

Marcelo Bello de Oliveira

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