Já fui criança
já brinquei de peão
já rodei roda
até cair ao chão
Já soltei pipa
já fui sapeca
já fui médico
da menina-moleca
Já roubei fruta
do quintal do vizinho
Agredi um amigo
feito porco-espinho
Já fui gente
feito poeta
Hoje sou letra morta
na empoeirada biblioteca