enfim ela exige
o fim das egofagias
na frase fingida
de banal esfinge urbana :
— ama-me ou te devoro!
lá onde o tempo é
labirinto - sob o sol
infinito instante
entre o caos e a memória
dura no rosto das pedras
medir-se no além
da sua própria medida
com metro-ilusão :
aquém ir condensar nadas
elidir-se quando chão
como um quarto que
por tão claro ter-se feito
fechasse as janelas
e — na escuridão da casa —
se apagasse em si mesmo
(circo) navegação
o vento é ela
à roda da calmaria.
sonsas caravelas
zanzam rotas (mui ambíguas)
pelos meus meridianos...
André Bessa