Assumo que fico louca
Quando ouço tua voz rouca
Sussurrando planos sem perdas nem danos.
Admito minha futilidade
Minha necessidade de ter o ego acariciado
Em simples atitudes descontraídas, pervertidas.
Recuso tuas histórias a dois
A outros dois
Agora somos apenas nós, a sós.
Aceito tuas propostas de prazer perverso
Fantasias sem limites, sem poder, sem pudor
Quero tudo ao revés.
Instabilidade, liberdade e liberdade
Perdendo-se no tempo que estamos
A toda hora inventa-se idade.
Apelos e gozos
Mãos, pele, coito
Continuamente loucos.
Quero-te alforriado
Dentro do meu poema cabeludo.