Vila Mariana Antiga
Quase criança, ainda recordo!
Quão sonolento, no ônibus ia;
Quantas vitrinas, do sono acordo.
A fria brisa noturna sentia...Ah coisas minhas que não mais abordo!
Frondosa árvore, seu dia chegaria;
Grande barbárie, de atroz fim discordo.
Ceifada vida, tamanha insânia.Intermitente garoa, o pranto vem,
Em uma fonte transforma-me o rosto:
Estação de bondes, não mais existe...Calçadas, trilhos e sorrisos dormem,
No fundo tenho saudade, desgosto...
Pelo moderno desterro tão triste!
Santino Antonio Fernandes Borges