A infância é o fundo da memória.
Por isto é azul.
Este azul: flor de pétalas agudas,
gravada a ferro-e-fogo sentimento.
Por isto não se apaga.
Esta presença:
projeção de raiz no tempo móvel.
Por isto às vezes dói como uma ausência.
Anderson Braga Horta
Do livro: “Cronoscópio”, Civilização Brasileira, 1983, RJ