O VERME E A ESTRELA
Agora sabes que sou verme.
Agora, sei da tua luz.
Se não noitei minha epiderme...
É, nunca estrela eu te supus
Mas, se cantar pudesse um verme,
Eu cantaria a tua luz!
E eras assim... Por que não deste
Um raio, brando, ao teu viver?
Não te lembrava. Azul-celeste
O céu, talvez, não pôde ser...
Mas, ora! enfim, por que não deste
Somente um raio ao teu viver?
Olho, examino-me a epiderme,
Olho e não vejo a tua luz!
Vamos que sou, talvez um verme...
Estrela nunca eu te supus!
Olho, examino-me a epiderme...
Ceguei! ceguei da tua luz?
Pedro Kilkerry
Do livro: "ReVisão de Kilkerry", de Augusto de
Campos, Editora Brasiliense, 1985, SP
Enviado por: jjLeandro
«
Voltar