Um dia, quando eu crescer, quero ser poeta
E fazer elegias geniais.
Quando eu sair do mundo feérico da infância
Vou ter um grande papel, vou ser menestrel
E cantar minhas canções
Pelas cidades sem tempo
Montado em meu cavalo de pau.
Uns querem carros; outros, mulheres. Eu não.
Quando eu crescer
Quero o trabalho de pôr a mão na carne viva da palavra
E dela extrair, pulsante, uma nova dimensão.
Marcos Hidemi