Como se faz o pão,
se constrói o poema:
ele precisa descansar;
em seguida reler
e ver se ficou bom.
Depois é publicar,
vender; quem dera
fosse o poema necessário
como é o pão,
para o gentio sobreviver.
A vida é madrasta
e não afaga:
o poeta morre à míngua
enquanto que o poema
embrulha uma bisnaga.
Do livro: "Prometeu americano"
Proibida a reprdução sem a prévia
autorização da autora