Nada consiste no vôo
senão a medula
entre laços atomizada
flertando um céu de paz.
Do chão, a parte ausente,
que ficou inscrita no arco,
a terra viva, distante,
alheia na terra.
Do ar, a vertigem, as sombras,
o frágil deslumbre de alar-se
que contudo multiplica partes:
partes diante dos abismos do nascer.
Em tudo o partir é em dois,
e o mais é fazer-se entre o chão e o sol,
entre a lua e a carne das águas,
entre a pele e a pedra da palavra.