Numa praça do outro mundo,
de fala difundida,
conversa-se em solidão,
solidão de praça grande,
o homem e sua mais tenra fração.
Numa praça do outro mundo,
folhas iguais pousam no banco,
que quando vistas construíam-se,
hoje planam em livre desconstrução.
É talvez do homem o assédio a praças
e a jardins onde possa morrer.
Onde repousar possa seu andar em círculos
junto às folhas da praça do amanhecer.
Nesses cemitérios transitivos
povoados de silêncios vivos
— praças folheando vozes —
o homem flerta com a não-fala
para conquistar as estações.