No alvo e quieto
regaço das dunas,
lagoa espelhando
sonhos de verão.
Luar derramado
na prata das águas,
dos sapos e grilos,
adoça a canção.
A relva macia,
donzela de amassos,
cheira a mel e flor.
Na ponta dos juncos,
a brisa tecendo
cochichos de amor.
Teu vulto formoso,
teu riso atraente,
meu beijo ansioso,
meu abraço ardente,
teu olhar dengoso,
meu desejo ingente,
teu gemer gostoso,
teu corpo fremente;
meu grito, teu gozo!
Nossa paz silente...
Bartolomeu Correia de Melo