GUILHOTINA

Há o espectro
O eterno
O nebuloso
O incompleto
O plexo
O carrasco
Todo o mistério.
 
Há o sonho
O caolho
A calúnia
O covarde
O limbo
A história
Tudo que é  etéreo.

 
Há vida,
Ela arde
 Na soleira,
Ela grita.
Diz que existe
 sem pulsar,
Sem dó
Nem piedade.

Toda vez que eu a olho
Ela afia sua lâmina
 Desce a guilhotina,
Sem nó,
Nem liberdade.

Cláudia Villela de Andrade

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