Há um lugar num ponto longe
Onde o azul tem cor de mel
Não há vento, nem poeira.
Não há folha, nem papel.
Lá... O sopro faz a gema
O poeta busca o tema
O infinito tece o céu.
Há um lugar num ponto longe
Onde o sopro faz a luz.
Não há tempo, nem espera...
Há silêncio, sopro e som.
Lá... A Luz se inicia
O som se principia
A cor da vida ganha o tom.
Há um lugar num ponto perto
Onde o sopro continua
Entre estrelas e a lua
Entre o mundo e você.
Abra a porta se inda estreita
Deixe o som do sopro entrar
Sem o sopro o mundo é “besta”
Não tem nada a se escutar.
Guido Carlos Piva