O sol estraçalha,
no ar da madrugada,
o silêncio do quarto:
rói a carne,
conta salários,
mastiga no compasso
o status.
(Calados, os sapatos.)
A água invade a cara
como lâmina de aço.
(Caladas, as calças.)
Nas brumas só
um sol
ameaça:
custos, insumos,
(os braços).
Visto a camisa,
“caço” a pasta,
despenco na Praça.
(Um gato elástico
caça pombas
no átrio).