Não te maldigo, não.
Minha incerteza vai saltar no ar
como um foguete
(explode em deslumbramento!)
Oh! grande nebulosa de minha incerteza!
Não te maldigo a ausência de pés
nem o escondido da face.
Antes, talvez, te interponha
(entre mim e Mim)
na amizade dos meus amigos.
Tua sombra é meu docel de veludo
sob o qual repouso a cabeça inconcreta
e eles são as figuras do sonho
que sonho em noite secreta.
Porém, quem mais há de vir
a este encontro?
Não os mortos nem suas flores
nem seus necrológios em tinta azul
(celeste).
Hão de vir os furacões de Outubro
derrubando coroas.